domingo, 11 de setembro de 2011

Hoje faz 10 anos que aconteceu o 11 de Setembro. Fico triste quando vejo actos destes. Neste dia morreram 2993 pessoas. 2993 pais, mães, maridos, mulheres, filhos, irmãos... Não vou falar de quem teve culpa nem vou falar de conspirações. Não me interessa isso. Interessa-me as 2993 vidas que desapareceram num único dia... Interessa-me os mais de 6291 feridos, as viúvas, os viúvos, os orfãos...


Marcou. Marcou uma geração. Qualquer pessoa que presenciou tal acto ficou marcado. Eu estava almoçando, tinha 9 anos e lembro-me perfeitamente de ter ficado a tarde toda na cama dos meus avós a ver as notícias do ocorrido. Claro que no momento, a inocência da criança não se apercebia da verdadeira gravidade da situação. Mas mesmo com 9 anos, uma coisa que me marcou foi o "The Falling Man". Lembro-me de perguntar à minha mãe "Porque é que aquele Senhor atirou-se?". Ela claro tentou explicar em linguagem de criança (não me lembro ao certo da resposta), mas lembro-me de ver um documentário sobre "The Falling Man" há uns anos atrás e só aí me apercebi do que realmente se passou. Antes de julgarmos quem quer que seja temos de nos pôr na situação dele.


Embora não seja confirmado, o homem é suspeitado ser Jonathan Briley, Técnico de Som de 43 anos. Trabalhava no "Windows on the World", um restaurante instalado nos 106º e 107º andares da Torre Norte. Ele e mais 200 pessoas (pelo menos) efectuaram o salto. Eu evito ver documentários sobre este momento, porque penso que é dos momentos mais tristes que o Mundo actual já presenciou, mas hoje eu ouvi de relançe "um casal pulou de mãos dadas". Ao ouvir isso, mexeu comigo. Foi das coisas mais tristes e ao mesmo tempo mais românticas que já ouvi. O que nos passa na cabeça numa situação destas. Em todo o momento fazemos decisões diferentes. E se a única decisão que tivéssemos de fazer era "escolher a forma da nossa morte"? Morrer carbonizado/esmagado ou atirar-nos para a nossa Morte? Eu nunca era capaz de fazer essa decisão.




É mais que obrigatório salientar os esforços dos Bombeiros, Paramédicos, Polícias, Socorristas... Todas as pessoas que fizeram com que das 14154 pessoas presentes no World Trade Center às 8 horas e 45 minutos da manhã, salvaram 11161 pessoas. É imenso, o trabalho de todas estas pessoas foi muito valorizado e estas pessoas são Heróis e Heroínas que pouco ou nada lhe são reconhecidos. Ouvímos histórias de pessoas debaixo de escombros durante uma semana, gente que sobreviveu 40 andares a descambar, até um sobrevivente na Torre Sul ao embate do avião:

 

Quem acredita em Deus, diz "Milagre". Quem não acredita, diz "Sorte". Fica à consciência de cada um. Apenas sinto-me triste que o um Ser Humano seja capaz de infligir uma dor tão grande a outro. Somos o único animal no mundo que se matam uns aos outros sem razão justificável. Nada justifica a morte de alguém. Crenças religiosas, Etnias, Estereótipos... as Pessoas pensam que Diversidade é mau. NÃO É! Imaginem assim: só existe uma raça no mundo: a Raça A. E surge uma epidemia que não afecta todos os Humanos, mas só os da raça A. A epidemia limparia toda a Raça Humana, toda mesmo, porque a falta de diversidade genética assim o fez. Por favor, aceitem a diversidade, Ser diferente é bom. E escrevi este texto todo escrevendo "racismo" só uma vez, Agora.

Mas há muito por explicar ainda. Muito que nunca será explicado...

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